quinta-feira, 2 de junho de 2011

Espíritas: estudar, por quê?



“Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instrui-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram”.
O Espírito da Verdade. (Paris, 1860).

Aprendemos, logo ao adentrarmos os portões do conhecimento Espírita, que a Doutrina nada mais é do que o pagamento de uma promessa, feita há dois mil anos, pelo governador de nosso Planeta: Jesus.


Trata-se do fenômeno conhecido como “O Consolador”, comentado pelo Mestre e registrado pela pena do apóstolo João, alguns anos depois: "Se me amais, guardai meus mandamentos. E rogarei a meu Pai e ele vos dará outro Consolador, a fim de que fique eternamente convosco: o Espírito da Verdade que o mundo não pode receber, porque não o vê e absolutamente não o conhece. Mas, quanto a vós, conhecê-lo-eis, porque ficará convosco e estará em vós" (João, 14:15 a 17).


Em meados do século XIX, quando a humanidade já se encontrava em condições de recebê-lo e compreendê-lo, iniciaram-se vários fenômenos singulares nos cafés da França. Mesas giravam, ‘sozinhas’, respondendo questões propostas pelos visitantes, numa verdadeira apresentação do Além, que buscava, através dos fenômenos que feriam os sentidos, chamar a atenção das pessoas para algo muito mais grandioso do que até então se imaginara. Muito do que há entre ‘o céu’ e a Terra, foi revelado durante tais contatos. Então, aos dezoito dias do mês de abril de 1857, surgiu para a humanidade a Terceira Revelação, ditada pelos Espíritos e organizada pelo professor francês Hipollyte Leon Denizard Rivail, nosso querido Allan Kardec.


Temos, portanto, no Consolador, uma vontade, uma programação, um planejamento da Espiritualidade Superior. Jesus desejou que recebêssemos tais informações e estas nos chegaram, límpidas, claras, objetivas e lógicas.


Na obra viga mestra - verdadeiro tratado filosófico que recebeu o nome de O Livro dos Espíritos - podemos encontrar, divididos em quatro grandes módulos, questões e apontamentos sobre o Criador, sobre a natureza da criatura, as relações destas criaturas com o meio e os resultados de tais interações, com encadeamento lógico, estruturado, repleto de racionalidade e objetivos bem definidos.

Proposta fundamental

Uma das exortações feita pelo Consolador, ou Espírito da Verdade, durante suas revelações à Kardec, destacamos no início deste artigo. Pediu-nos Ele que nos amássemos e nos instruíssemos. Em seguida, comenta que aquilo que Jesus nos ensinou é a Verdade, mas que deturpamos tais conceitos, tendo como resultado o que vimos ao longo de nossa própria história. Ou seja, devido à falta de amor e de estudo, o cristão adulterou o cristianismo, causando imensos prejuízos à humanidade.


Meditemos mais, pois, nesta exortação.


Num primeiro momento, pede-nos que nos amemos. Podemos concluir, portanto, que precisamos aprender a nos suportar uns aos outros, nos compreender, e, acima de tudo, nos ajudar, mutuamente, com verdadeiro espírito fraternal. Parece-nos que, embora ainda não tenhamos conseguido colocar em prática esta parte da proposta em toda a sua pujança, já compreendemos a sua necessidade e temos nos esforçado neste sentido. Tanto que, na maior parte das Casas Espíritas, o bom convívio se faz presente, a ajuda aos desafortunados do mundo é constante, com as mais diversas formas de ajuda material.


Entretanto, quando analisamos a prática da segunda parte, proposta na mesma frase, percebemos que nem sempre existe uma consciência sobre tal necessidade, muito menos de que a primeira parte da evocação depende, diretamente, da segunda e que a segunda, por sua vez, depende, totalmente, da primeira.


Explico-me.


O uso da razão, dos conhecimentos doutrinários, é que norteará a expressão do amor, impulsionando-o para a realização de forma plena, segura e eficaz.


Um exemplo simples, para auxiliar-nos na compreensão do que afirmo: Chega a informação, para certo Espírita, de que determinada pessoa está às voltas com problemas emocionais, ouvindo vozes e vendo vultos pela casa, apresentando episódios de terror, com profundos desequilíbrios psíquicos. Com muito ‘amor’, aproxima-se o tarefeiro da Casa Espírita, propondo àquele que sofre estes revezes, o exercício da mediunidade e coloca-o, de imediato, como participante das tarefas de intercâmbio com o além. E afirma: “Isso é mediunidade, tenha certeza. Basta que comece a trabalhar, que desenvolva seu dom, para que cessem os problemas”. Ledo engano. Reflexo da falta de estudo. Apesar de estar munido da melhor das intenções, devido ao fato de não conhecer bem os pressupostos básicos do Espiritismo, talvez acabe por encaminhar a pessoa em desequilíbrio a problemas ainda maiores.


A mediunidade em si é uma faculdade neutra, que não tem qualquer conexão com os desajustes físicos, mentais e espirituais da criatura. Estes surgem por motivos específicos, e requerem o tratamento médico, psicológico ou espírita adequado ao caso. Somente após seu retorno à normalidade é que o companheiro poderá vir a participar, como médium, dos trabalhos mediúnicos, se a faculdade surgir espontaneamente. No caso de desequilíbrios mentais e/ou espirituais, o exercício mediúnico não pode nunca ser iniciado, ou continuado. Um médium nessas condições não poderá contribuir positivamente com nada, além de gerar problemas para o grupo, inclusive facilitando a atuação de Espíritos interessados na instalação da desarmonia, dos melindres, das suspeitas, do enregelamento das relações entre os membros” (CHIBENI, 1995). *grifos nossos.

Falta-lhe, pois, [ao tarefeiro em questão] debruçar-se sobre as Obras Básicas, para delas absorver o conhecimento necessário sobre este e tantos outros temas que fazem parte de nosso cotidiano.


Amor sem conhecimento é como um facho de luz sem direção inteligente. Tanto pode iluminar os caminhos como ser abruptamente eclipsado pela barreira da ignorância, deixando de atuar dentro de suas potencialidades. O verdadeiro amor educa, eleva, promove autonomia, amadurecimento. E, para tanto, precisa da razão como bússola.


Por outro lado, a inteligência necessita do amor para ser útil, ética e sublime. Ferramenta preciosa, deve ser usada para o bem, pois que sem o amor, a inteligência se perde na escuridão da vaidade e do egoísmo.


Ainda dentro dos conceitos espíritas, aprendemos que todos tendemos à perfeição, e para que tal objetivo se cumpra, precisaremos desenvolver tais aspectos complementares: o amor e o conhecimento.


A Sabedoria nada mais é que a inteligência revestida de amor, ou ainda podemos situá-la como sendo o amor guiado pela Inteligência.

Tipos de Caridade


Outro ponto que desejamos destacar está na concepção sobre o significado e abrangência da palavra ‘caridade’.
Muitos espíritas, apoiados na exortação de Kardec, que afirmou, categoricamente, que fora da caridade não há salvação, consideram a necessidade de ajuda material ou moral a todas as criaturas, atendendo aos necessitados que batem à sua porta, seja através de alimentos, roupas, utensílios, diálogo amoroso, ajuda com documentações, etc. Belo e importante trabalho, que deve continuar sendo realizado da melhor forma possível. Esquecem-se, porém, de que esta [a caridade] é ainda mais ampla, abrangendo outro aspecto, tão importante quanto os anteriores.
Devemos realizar caridade material, claro, assim como devemos realizar a caridade moral, nos suportando, nos ajudando nas questões ligadas ao emocional, nos diversos setores da vida.



Entretanto, a caridade envolve um aspecto importantíssimo do desenvolvimento humano, relacionado à instrução. Esta faceta da caridade pode ser classificada, segundo as palavras de Jesus, como sendo ‘o pão para o Espírito’.


Desenvolver e praticar esta caridade é, antes de tudo, exercício de inteligência aliada ao amor.
* * *
Conhecer, compreender e manter a mensagem enviada por Jesus à Terra em sua forma original, respeitando suas diretrizes, inclusive no que se refere à progressão dos conhecimentos relacionados, é compromisso de todo espírita-cristão, sendo grande sua responsabilidade diante do manancial de informações contidos dentro da Doutrina Espírita.

Compromissos do Espírita-Cristão


Podemos, portanto, relacionar, de forma sucinta, três grandes compromissos assumidos pelo Espírita, diante de Deus e de Jesus:


a) Compromisso com a Doutrina: Não conseguiremos manter, proteger e divulgar com responsabilidade uma Doutrina se não conhecermos sua base, seu conteúdo. Numa analogia bastante simples, podemos comparar com certa pessoa que segue em direção ao aeroporto para receber alguém, com o compromisso de protegê-lo e encaminhá-lo até que chegue a seu destino, neste país. Porém, chegando lá, percebeu que não sabia como era tal pessoa, não conhecia seu nome completo e sequer estudara o caminho que deveria usar para levá-la a seu destino, em segurança. Impossível realizar tal missão com sucesso.


Urgente que estudemos a Doutrina com seriedade! Tal atitude é demonstração de respeito, de amor, de importância a Jesus, à Sua mensagem e ao empenho de seus tarefeiros. Divulgá-la, de forma responsável, é dever de todos nós, sob risco de cometermos os mesmos erros já ocorridos com a Doutrina trazida pelo próprio Cristo, há dois mil anos.


Admitir a progressão doutrinária apenas através de obras confiáveis, que caibam dentro do método proposto por Kardec [o CUEE], faz parte deste contexto de infinita importância. Logo mais tornaremos a falar a respeito.

b) Compromisso com sua melhora íntima: "Fé inabalável é aquela que pode encarar a razão face à face, em todas as épocas da humanidade". Esclarece Allan Kardec. E continua: "A fé raciocinada que se apóia nos fatos e na lógica, não deixa qualquer obscuridade: crê-se, porque se tem certeza e só se está certo, quando se compreendeu". (KARDEC, 1861) Portanto, crer com propriedade, depende, invariavelmente, de se conhecer, racionalmente, o objeto de sua crença. Alterar o que não vai bem em nós, abrindo mão de vícios, abastecendo-nos de virtudes – a tão famosa reforma interior – só se concretiza em toda a sua plenitude, se sabemos o porquê precisamos mudar, em que tempo e de que forma. “No caminho da evolução é imprescindível passarmos pela esquina do autoconhecimento”. (GELERNTER, 2011). Precisaremos nos reconhecer no mundo, em nós mesmos, em nossas relações interpessoais, para, então, conseguirmos avaliar as mudanças que precisam ser realizadas.


c) Compromisso com o próximo: Ninguém chega a Deus se não for através de Suas criaturas. Portanto, sem as relações humanas, não há evolução. É através da tessitura das relações que conseguiremos dar os passos necessários, exercitando o amor progressivamente, vida após vida, num continuum maravilhoso, repleto de oportunidades oferecidas pelo Criador. Todo espírita-cristão deve ter em sua mente que, independentemente da experiência que esteja vivendo, precisará buscar desenvolver em si aquilo que chamaremos de ‘postura do mestre’: ensinar e praticar aquilo que ensina, amando e ajudando as pessoas em seu desenvolvimento individual, ao mesmo tempo em que trabalha, incessantemente, por seu próprio desenvolvimento. Neste sentido, utilizando-se de tom fraternal, explica-nos Emmanuel: “se abraçaste, meu amigo, a tarefa espiritista-cristã, em nome da fé sublimada, sedento de vida superior, recorda que o Mestre te enviou o coração renovado ao vasto campo do mundo para servi-Lo. Não só ensinarás o bom caminho. Agirás de acordo com os princípios elevados que apregoas” (EMMANUEL, p. 371).
Deve, todo aquele que se diz espírita, praticar o Espiritismo, o verdadeiro cristianismo redivivo na Casa Espírita, contribuindo pelo progresso do Planeta, saindo de idéias rudimentares dos cultos exteriores para os cultos interiores. Deve, ainda, saber como receber os neófitos, como prestar o melhor atendimento fraterno, sem confusões doutrinárias, sendo, portanto, imprescindível, [mais uma vez repetimos] estudar os preceitos básicos do Espiritismo.

O quê estudar?


Toda a construção de novos conhecimentos dentro de disciplinas preexistentes, parte, essencialmente, de certos axiomas, certos pontos fundamentais, apresentados por teóricos sérios, que se tornam, devido a seu esforço, responsabilidade e seriedade, clássicos da área em questão. Einstein tornou-se um clássico da Física Quântica; Freud, da Psicanálise; Commenius, da Pedagogia e assim por diante. Para construirmos novos conhecimentos dentro das ciências destacadas, necessitamos repassar conceitos primevos, trazidos por estes expoentes.


Pois bem: O Espírito de Verdade, sendo o Consolador prometido por Jesus, é o clássico da Doutrina Espírita, em conjunto com sua equipe espiritual e Allan Kardec que, deste lado da vida, organizou, codificou os conhecimentos, dando enorme contribuição à Doutrina com seus comentários lúcidos, pertinentes. Portanto, nossos primeiros passos dentro do estudo Espírita deve ser em torno das Obras Básicas, sendo que estas mesmas obras devem ser reestudadas ao longo de toda a encarnação do estudante, sendo este um eterno aprendiz. Ousamos comentar que o Espiritismo assemelha-se muito mais com o cordão que liga todas as contas do colar dos saberes humanos do que mais uma das contas. Precisaremos estudá-lo, por sua grandiosidade a abrangência, ininterrupta e sistematicamente, ao longo de todos os anos em que habitarmos o Planeta, e, certamente, após o nosso desencarne. Não apenas para podermos contribuir com sua manutenção e propagação responsável dos conhecimentos, mas também para que possamos utilizá-los em proveito próprio e por toda a Humanidade.


André Luiz, diante deste tema, comenta que devemos "consagrar diariamente alguns minutos 'a leitura de obras edificantes, esquecendo os livros de natureza inferior, e preferindo, acima de tudo, os que, por alimento da própria alma, versem temas fundamentais da Doutrina Espírita. Luz ausente, treva presente. (...) Digerir primeiramente as obras fundamentais do Espiritismo, para entrar em seguida nos setores práticos, em particular no que diga respeito 'a mediunidade. Teoria meditada, ação segura. Disciplinar-se na leitura, no que concerne a horários e anotações, melhorando por si mesmo o próprio aproveitamento, não se cansando de repetir estudos para fixar o aprendizado. Aprende mais, quem estuda melhor." (LUIZ, A, 1978)


Conjuntamente, podemos nos enriquecer com os conteúdos existentes em obras complementares confiáveis, por serem verdadeiros manuais sobre Espiritismo a nos facilitar o entendimento, ampliando as revelações, de acordo com o método CUEE, anteriormente ?citado, que nada mais é do que o uso da razão em novas questões apresentadas por médiuns diversos [e idôneos], todas elas contendo os mesmos ensinamentos, assinadas por determinados Espíritos que se manifestaram através destes. Tais obras, para que sejam consideradas complementares, devem ser, concomitantemente, coerentes com os axiomas da Doutrina, lógicas, racionais, sendo que sua linguagem, seu estilo deve ser “elegante, instrutivo, lúcido, pacificador, consolador, moralizante e respeitador”. (PEREIRA, p. 28). Caso alguma informação nos chegue que não esteja de acordo com os pressupostos acima mencionados, não deve ser acatado como conhecimento Espírita, sendo de responsabilidade do divulgador esclarecer aos neófitos sobre este escolho, comum na atualidade, que tantos prejuízos tem trazido à saúde da propagação e manutenção doutrinária.

Como estudar?
Disciplinando o uso do tempo: Emmanuel, o orientador mediúnico de Chico Xavier, quando se apresentou pela primeira vez ao grande médium brasileiro, foi enfático, pronunciando as três regras básicas, necessárias para que Chico pudesse exercer seu mandato mediúnico com sucesso. Disse ele: “Disciplina, disciplina, disciplina”.
Na esperança de termos conseguido clarificar o leitor quanto a importância dos estudos para o espírita-cristão, seguimos o raciocínio, salientando sobre a imprescindibilidade da disciplina nas questões do estudo, aproveitando-se, da melhor maneira, do tempo sagrado que nos é concedido.
Sabemos que a realização de determinadas atividades em nosso cotidiano dependem do quanto de tempo temos para nos dedicarmos a elas. Entretanto, não é menos verdadeiro que o tempo estará fatiado de acordo com nossas prioridades. Temos, num dia, 1440 minutos. Se consagrarmos 40 minutos, diariamente, aos estudos, estaremos utilizando apenas 3% do total. Somados, estes 40 minutos resultarão em preciosas 240 horas ao ano, utilizadas com sabedoria. Significativo empenho em benefício do ser, do próximo e da própria Doutrina.


Podemos ainda, a titulo de modesto auxilio, destacar alguns hábitos saudáveis no campo dos estudos espíritas:


a) A prática do Evangelho no Lar, uma vez na semana, em dia e horário pré-determinado, além de trazer proteção ao lar, colabora eficazmente para a manutenção do equilíbrio dos familiares. Encontro marcado com Benfeitores Espirituais é compromisso com o bem, resultando em harmonia íntima e do grupo que ali se reúne.
b) O estudo dentro da Casa Espírita, uma vez na semana, como exercício de troca e absorção dos conhecimentos doutrinários. Respondendo a relevante pergunta a este respeito, o Espírito Emmanuel esclarece que “tanto para os jovens como para os adultos o estudo em grupo é o mais eficiente até porque não podemos nos esquecer que na base do Cristianismo, o próprio Jesus desistiu de agir sozinho, procurando agir em grupo. Ele reconheceu a sua missão divina, constituiu um grupo de doze companheiros para debater os assuntos relativos 'a doutrina salvadora do Cristianismo, que o Espiritismo hoje restaura, procurando imprimir naquelas mentes, vamos dizer, todo o programa que ainda hoje e' programa para nossa vida, depois de quase vinte séculos. Programa de vivência que nós estamos tentando conhecer e tanto quanto possível aplicar na Doutrina Espírita, no campo de nossas lides e lutas cotidianas." (EMMANUEL).
c) A oração com leitura de pequeno trecho de teor elevado, em todas as manhãs e todas as noites, tranqüiliza a mente, promove reflexões e lucidez para os embates do dia, servindo, ainda, de preparação para o desdobramento do Espírito, durante o descanso do corpo.
Cabe a cada um a melhor organização de seu tempo no aproveitamento das horas para este mister. Muitas outras possibilidades existem, sendo todas elas de grande valor para o espírita responsável, ciente de seus deveres diante de si e do mundo.


Lembremos, ainda que, a função principal da Casa Espírita é a de auxiliar a humanidade através de estudos constantes, ofertando campo de trabalho, facilitando o amadurecimento do indivíduo e das sociedades. Neste sentido, recordemos a salutar advertência do Espírito Batuíra, quando nos informa que “toda congregação espírita na Terra tem como finalidade maior esclarecer pelo estudo, promover o amadurecimento emocional pelo trabalho e desenvolver as virtudes em potencial. Eis a atividade prudente e prioritária dos aprendizes do Evangelho. A ação caritativa e a boa vontade do Movimento Espírita prestam inestimáveis serviços à sociedade e ao Estado, conquanto não devam assumir de maneira simplista e com espírito salvacionista as funções do serviço social, que cabe à administração pública”. (na obra ‘Conviver e Melhorar’). *grifos nossos.


Finalizando nossos apontamentos, agradecemos vossa atenção até aqui. Sabemos que este tema não é tão popular quanto tantos outros, que por si só chamam a atenção de muitos, como por exemplo, as curas espirituais. Entretanto, sabemos que estudar também é medida profilática nas questões da saúde, uma vez que o saber é a antessala do fazer. Na esperança de ter contribuído com algo, despeço-me, realmente agradecida.


Claudia Gelernter
CE Allan Kardec de Vinhedo – SP


"Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor". Paulo (1 Coríntios 15:58)




Referências Bibliográficas:
CHIBENI, S., Noções Básicas da Mediunidade, artigo disponível no site Portal do Espírito, acessado através do endereço: http://www.espirito.org.br/portal/artigos/diversos/mediunidade/nocoes-de-mediunidade.html, em 01 de junho de 2011.
CRISTIANO, E./ pelo Espírito de Yvonne Pereira; A Pena e o Trovão; A Importância do Conhecimento Espírita; Campinas, SP, Ed. Allan Kardec, 2010.
GELERNTER, C. A Fala e a Escrita Espírita: Uma Reflexão, artigo disponível no site Proseando, através do link: http://claudiagelernter.blogspot.com/2011/05/fala-e-escrita-espirita-uma-reflexao.html, acessado em 01 de junho de 2011.
NETO, F.E.S., Conviver e Melhorar, pelo Espírito Batuíra, Ed. Boa Nova, 1999.
JOÃO, Apóstolo, Novo Testamento, 14:15 a 17.
KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo, Advento do Espírito da Verdade, Tradução Guillon Ribeiro. 3ª Edição. Rio de Janeiro: FEB. 1994.
__________ O Livro dos Espíritos. Tradução Evandro Noleto Bezerra. Edição Especial. Rio de Janeiro: FEB. 2006
XAVIER, F. C. Pão Nosso, lição Crê e Segue, pelo Espírito Emmanuel, Rio de Janeiro: FEB, 24ª edição, 2004.
XAVIER, F. C.; VIEIRA, W. Conduta Espírita. 6 ed. Rio de Janeiro: FEB, 1978.
XAVIER, F.C.; A terra e o Semeador, 6ª. ed., Rio de Janeiro: FEB, 1975.

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