por Claudia Gelernter - claudiagelernter@uol.com.br
Outro dia li uma frase que me tocou profundamente:
“O único sentimento que se assemelha ao amor de Deus é o amor de mãe”.
Não é à toa que, como mãe, eu me sinto, muitas vezes, divina.
O que seria de nós, mulheres, se não pudéssemos ser mães?
Nos restaria o mundo para conhecermos melhor. Então surge uma questão: o que há no mundo lá fora que possa se comparar ao sorriso de um filho bem alimentado?
Talvez nos restasse a vitória no mercado de trabalho.
Mas vale lembrar que altos salários ou elogios dos colegas nunca poderiam ser comparados è remuneração de ternura que surge num abraço apertado por bracinhos gorduchos.
Podemos pensar que, ao abrirmos mão da bênção da maternidade, poderíamos viajar pelo mundo todo, conhecendo muitas culturas.
Ainda assim, nem o mais azul dos mares gregos ou a mais bela das construções humanas poderiam ser mais interessantes que ouvir um “eu te amo, mamãezinha” logo ao acordarmos, num domingo pela manhã.
Quem sabe ainda, uma vez abdicada a função de mãe, pudéssemos sair mais com os amigos, dormir até mais tarde, praticar mais esportes ou simplesmente tirar o dia todo para ler aquele livro guardado na estante. Sim – seriam momentos especiais.
Mas não tão especiais como aquele instante em que o filho, feliz, brinca na sala, sentindo-se seguro pela nossa presença insubstituível, bem ali ao lado.
Viver neste mundo, cuidando de nossos sonhos é muito bom.
Agora, viver neste mundo e poder cuidar dos sonhos de quem amamos, dando-lhes a base de que tanto precisam para trilharem seus caminhos, com seus próprios pés, é realmente fazer parte da obra de Deus.
sexta-feira, 23 de abril de 2010
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