Na Índia, até os dias de hoje muitas viúvas são obrigadas a
viver em celibato, de forma miserável, sub-humana. Segundo as escrituras, elas
teriam 03 opções após a morte do marido: casar-se com o irmão mais novo do
falecido (se a família permitir), suicidar-se na pira funerária ou viver no
celibato e disciplina.
Comovida com a situação destas mulheres, a diretora Deepa
Mehta decidiu retratar o que ocorre, produzindo um filme que foi fortemente
combatido pelos fundamentalistas hindus, forçando-a inclusive a abandonar o
país, retomando as filmagens no Sri Lanka. Todo o cenário anterior foi destruído.
Hoje assisti ao emocionante "Às Margens do
Rio Sagrado" - um filme forte, triste, porque verdadeiro. Nele, a história da pequena Chuyia que aos 08 anos já é viuva, embora sequer se recorde do dia do casamento.
À partir de seu drama, o de outras mulheres, isoladas do mundo, marginalizadas, com seus sonhos negligenciados, seus conflitos abafados...
Uma obra que nos faz refletir sobre as diversas contradições nas diversas culturas, sobre o poder que alguns exercem sobre outros, apoiando-se em livros dito sagrados.
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