Claudia Gelernter - claudiagelernter@uol.com.br
"Toda vez que a Justiça Divina nos procura para acerto de contas, se nos encontra trabalhando em benefício dos outros, manda a Misericórdia Divina que a cobrança seja suspensa por tempo indeterminado."
Emmanuel
O reino de Deus foi explicado pelo Mestre dos Mestres, há 2000 anos, como sendo uma realização íntima, algo que devemos realizar em nós, através de nossos esforços no bem, criando assim um estado de paz ao meio das tormentas.
Quanto mais nos aproximarmos da perfeição, através dos nossos aprendizados, em nossas vidas sucessivas, menores serão nossos dramas.Interessante é que muitas pessoas, baseando-se em suas próprias dores e nas dores dos outros, acreditam que não exista Justiça sob a face da Terra.
Afirmam que ela é uma utopia, uma vez que em nosso Planeta encontramos o criminoso ao lado do santo, o paralítico e o atleta, o idiota e o gênio, o milionário e o miserável...
Então, como aceitar que haja justiça?
Richard Simonetti, na obra “Quem tem medo dos Espíritos?”, página 51, nos auxilia nessa tarefa quando pede para utilizarmos certo silogismo teológico.
Silogismo é uma interessante forma de raciocínio.
Divide-se em três partes que se completam: premissa maior, premissa menor e conclusão.
Exemplo: Premissa maior: A morte é o fim de todos os homens.
Premissa menor: És homem.
Conclusão: Vais morrer um dia.
Da conjunção de duas idéias que se harmonizam, surge a idéia concludente.
Mas para que esta conclusão seja verdadeira é necessário que ambas as premissas sejam também verdadeiras.
Outro exemplo:
Premissa maior: Todas as mulheres são vaidosas.
Premissa menor: És mulher.
Conclusão: És vaidosa.
Aqui o resultado não é aceitável, uma vez que nem toda mulher é vaidosa.
A premissa maior é quem nos mostra uma inverdade, comprometendo a idéia final.
Façamos então o que nos sugere o autor citado, a fim de refletirmos sobre a questão da Justiça de Deus na Terra.
Vamos realizar um silogismo teológico:
Premissa maior: A Justiça de Deus nunca falta na Terra.
Premissa menor: Vivemos na Terra.
Conclusão: Não há injustiça em nenhuma situação humana.
Para termos a certeza de que a conclusão resultante aqui é correta, analisemos as premissas.
A primeira envolve a existência de Deus e Sua justiça incontestável.
Para provar que Deus não existe teremos de realizar uma missão impossível – teremos que justificar a existência do Universo sem Ele, o que compreende afirmarmos que existe efeito sem causa.
Duvidar de Sua Justiça seria duvidar de Sua perfeição.
Quanto à premissa menor, não há o que se questionar.
A dúvida a respeito desse silogismo envolve um equívoco na apreciação das conjunturas humanas.
Estamos confundindo as coisas, imaginando que Deus nos castiga, quando na verdade está nos educando, permitindo que aprendamos através de nossos erros, colhendo os resultados de nossos atos.
Percebemos ainda que apenas a teoria da reencarnação evidencia que as situações presentes guardam relação com o que fizemos ou deixamos de fazer no passado, impondo-nos preciosos instrumentos de evolução.
Vale citar que na maioria das vezes nem precisamos ir buscar nas vidas anteriores a causa de nossas dores. Costumo brincar que em vez da TVP (Terapia de Vidas Passadas) basta-nos, em muitos casos, a TSP (Terapia da Semana Passada).
Muito de nossos problemas podem ser explicados por nossas ações quase imediatas.
Qualquer prejuízo que causemos a nós ou ao nosso próximo resulta em conseqüências inevitáveis. Qualquer benefício, também.
Não é por outra razão que Jesus nos ensinou a perdoar.
O ódio, a vingança, a mágoa retornarão para nós como sofrimento.
Quando perdoamos estamos nos libertando. Também pela mesma razão que a recomendação sempre constante é para que façamos a caridade.
Fica fácil perceber que muitos dos nossos sofrimentos existentes no hoje poderiam ser evitados se houvesse o conhecimento dessa Lei tão justa, chamada Ação e Reação, ou Causa e Efeito.
Precisamos exercitar o amor, em favor de uma existência mais tranqüila e feliz.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
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